Ele não venceu - e ninguém vence - sozinho. Mesmo num solitário jogo de tênis ou numa piscina na natação. Ele sabia da importância de uma equipe vencedora. Na verdade, todos sabemos e muitas vezes não damos o devido valor ou não sabemos motivar. Ele sabia que se o time trabalhasse bem, ele garantia no talento, no braço, na inteligência. Ele não vencia só na velocidade. Vencia na força mental, na concentração absurda, na pressão que colocava em cima dos adversários.
Ele também jogou sujo. Tirou, em 1994, o Damon Hill na última prova e foi campeão (veja). Tentou, em 1997, o mesmo com Jacques Villeneuve. Se deu mal (veja também). Mas lembrem-se. Tanto Prost quanto Senna tiraram um do outro o título, em dois anos, jogando um carro contra o do outro.
O legal é que vimos isso tudo acontecer ao vivo. Na nossa frente! Vivi tendo como piloto a ser batido o argentino Juan Manuel Fangio. Nos seus cinco títulos, então impossíveis de se alcançar. E não é que, ao vivo, vimos o alemão ganhar sete!? Vimos o Schumarcher escrever história! Assim como o Federer, como o Phelps.
E me pergunto: num mundo cada vez menor, onde as informações e novidades circulam em tempo real, com muito mais pessoas tendo acesso e oportunidades de ser um grande atleta, como aparecem esses super-homens de carne, osso e sem kriptonita? Que generosidade dos deuses do esporte com a gente!
E, voltando ao Schumarcher e sua incrível capacidade de se cercar de pessoas competentes e de motivar equipes, vale lembrar que ele pegou uma Ferrari alquebrada, baixo astral e sem títulos faziam longos 21 anos! E a escuderia se tornou imbatível. Assim como a Benetton. Todos elogiavam o alemão pela persistência, perfeccionismo, vontade de trabalhar e acertar. Chegar no limite e, claro, ultrapassá-lo. E como fazia isso bem - ultrapassar adversários!
Fica para sempre o exemplo de Schumarcher. Essa marca vai levar uns bons anos - no mínimo oito - para ser superada. Conseguindo ou não, estarei acompanhando de perto!
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