sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

2001 - Um Filme Visionário

Fiz o Francisco dormir agora vendo 2001. O que mais me impressiona no filme não são os efeitos especiais. Impressiona também principalmente quando foram feitos - 1967/1968. Para mim o visual dos interiores, a direção de arte, as concepções artísticas, o design imaginado por Kubrick e sua equipe para o futuro são excepcionais. Realmente geniais. O que me estimulou a escrever este post foi a cena em que o capitão estava dormindo na nave logo no início do filme. Reparem. Todas as cadeiras têm vídeos individuais! O que só começou a ocorrer recentemente nos voos comerciais. Que bela visão de futuro. Sou fã de 2001 mas não sou estudioso dos detalhes do filme. Quem for e quiser colaborar nos comentários será muito bem-vindo!

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PS.: Como o voo estava vazio...

Mais Orgulho

Comprei finalmente o DVD de 2001 - Uma Odisseia no Espaço. E, novamente, para meu orgulho, Francisco e Serginho estão adorando. Claro que cada um com seus motivos nas suas respectivas idades 3 anos e 8 meses e 1 ano e 10 meses. E os dois curtem demais!

Iso4 Seu Desafio

A Iso4 Comunicação lançou uma ação em que qualquer pessoa pode participar acessando o hotsite http://www.iso4.com/seudesafio. Basta descrever alguma situação desafiadora que você viveu. A melhor história vai virar propaganda que será veículada em TV aberta e, claro, na Internet. Participe! A campanha está sendo realizada em parceria com a Lupa Video e foi lançada em 5 outdoors da Sign.

domingo, 22 de fevereiro de 2009

Jornalismo Urgente - Tela interrompe tráfego na Rio Branco






Voltando com a família de um ótimo dia no clube, nos deparamos com essa cena que acabara de ocorrer - Domingo, 22 de Fevereiro, 15 horas. A tela de proteção desse prédio em construção há anos, na esquina da Rio Branco com Floriano, sucumbiu à ventania desse meio de tarde aqui em Juiz de Fora e interrompeu o tráfego. A última foto aqui foi feita na hora com meu iPhone. Ainda dava para passar. Depois, quando voltei para fazer outras imagens, os bombeiros já estavam atuando e ninguém mais passava. Vale o registro jornalístico que não consegue e jamais conseguirá sair das minhas veias!

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Link U2 bloqueado

O link para o novo CD do U2 está bloqueado! Obrigado, Del, pelo aviso! Eu consegui baixar. Não consegui ouvir tudo mas, pelo pouco que escutei, me pareceu um disco muito bom. A sensação que tive é que há um saudável descompromisso com estereótipos e modernidade. Eles não estão querendo buscar algo além do que eles são. Uma busca que ocorreu visivelmente nos últimos trabalhos, acentuadamente a partir do Pop. Vou ouvir mais e depois falo se essa primeira impressão se confirma. Se algum amigo estiver ansioso me avise para eu dar um jeito de chegar até vocês.

Vazou novo CD do U2

Viva a Internet! Meu amigo Leonardo Zagotta acaba de me enviar e-mail com link do novo CD do U2 - No Line On The Horizon (capa ao lado) com lançamento mundial para começo de Março - dia 2 no Reino Unido e 3 nos Estados Unidos e Brasil (já está em pré-venda nas principais e-lojas do ramo).

Como colecionador que sou, vou comprar mesmo. Baixei sem peso na consciência. Se você também está nessa, vá até http://rs276.rapidshare.com/files/199475451/U2NLOTO.zip. Se não tiver nessa, baixe também! E vamos ouvir com alguns preciosos dias de antecedência mais um aguardado álbum do U2!

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

A bem da verdade

As cabeças de burro ambulantes não são exclusividade de Juiz de Fora. Estão espalhadas por todo o país! Vamos combater esse mal com inteligência e perserverança!

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Cabeças de burro perambulam por Juiz de Fora

Passei a vida ouvindo falar que tem uma cabeça de burro enterrada em Juiz de Fora. 39 anos depois, cheguei à conclusão que não existe cabeça de burro enterrada aqui. As cabeças vivem e perambulam por toda nossa cidade disfarçadas de empresários, donos de agências, políticos, líderes, oportunistas, diretores, gerentes, decisores.

Somos o que fazemos. E para transformar de verdade nossa cidade, precisamos de atitudes inteligentes, positivas, eficazes, modernas, progressistas, inovadoras, ousadas e profissionais. Essencialmente profissionais.

Não vamos delegar para o sobrenatural nossas fraquezas. Vamos agir fazendo algo que realmente faça diferença para todos.

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Suíça, Imprensa e Governo

Se a polícia suíça estiver certa com relação ao ocorrido com a brasileira Paula Oliveira numa cidade próxima de Zurique - ela disse ter sido atacada por neonazistas que deixaram marcas com estilete em seu corpo e, além disso, perdeu os gêmeos que estava esperando - governo e imprensa brasileiros se precipitaram muito. Se não, tudo ok. Mas a tendência ao espetáculo e novela é um perigo. Vamos aguardar. De qualquer maneira, o fato é triste.

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Cena Urbana


Indo fazer ginástica nesta última sexta-feira, 13 de Fevereiro, me deparei com essa cena e foi inevitável fazer uma foto. Num dia de chuva que não parou um minuto, esse simpático vira-lata estava confortavelmente acomodado numa jardineira em frente ao JF Informação, prédio da Funalfa, na Rio Branco com Rua Halfeld.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Sonho de vaca é nascer na Índia

O post é isso. Só o título. Por enquanto...

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Novo torcedor novo


Vale o registro: Francisco, meu filho de 3 anos e 7 meses, foi ao jogo do Tupi com o América-MG nesta quarta-feira, 11 de Fevereiro. E se comportou brilhantemente! Mas o melhor mesmo foi o carinho dele lembrando o tempo todo do irmão mais novo, o Serginho. Temos muitos jogos pela frente!

Tupi x América - O primeiro deveria ser o segundo

O Tupi deveria começar o jogo pelo 2º tempo. Pelo menos aqui em JF. Contra o Atlético, teve uma primeira etapa temerosa. Hoje, com o América Mineiro, idem. E, tanto no jogo dos Galos quanto hoje, o segundo tempo do Tupi foi muito melhor. A questão principal do jogo foi a expulsão do Hugo logo depois de fazer um belíssimo gol de falta. Quebrou a reação do time e a empolgação da torcida. Mesmo com 10, o Tupi levou muito bem o jogo. Tenho certeza de que teria vencido se tivesse com os 11 jogadores. 

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Menos 15kg depois

Eu fui um atleta. De alto rendimento! Treinava mais de três horas todo dia. Joguei campeonatos mineiros de volei. Disputamos seletiva para brasileiro. Tenho excelentes recordações desse tempo. Amizades que duram até hoje. Saber conviver com diferenças, concentração, metas, desafios, lidar com a derrota, vencer (que delícia é vencer!), competir, trabalhar em equipe. Não existe esporte tão coletivo quanto o vôlei. Mesmo quando o italiano Andrea Zorzi e o cubano Joel Despaigne concentram todas as bolas no final de um jogo (quem é da época conhece esses monstros do esporte).

Tembém já vi jogar o então soviético Aleksandr Savin e o americano Pat Powers. O saque "Jornarda nas Estrelas", do Bernard, cansei de ver ao vivo! E também o "Império Contra-Ataca" que era a resposta do time do Minas ao saque do Bernard. Vi o Zé Roberto, técnico das meninas e também campeão Olímpico com os homens, fazer uma defesa impressionante no Maracanãzinho pela Pirelli. Vi meu irmão, José Eduardo, ser tri-campeão brasileiro pelo Minas contra tudo e contra todos - que exemplo de equipe unida! - de coletivo! Os peixinhos engoliram tubarões. Vi o meu irmão atacar bolas que definiram muitos jogos.

E vi muitas coisas mais que valem a pena resgatar por aqui. E serão!

Mas o vôlei, consegui jogar e ainda ser um atleta mesmo até 1993. Minha profissão de jornalista foi me absorvendo. O vôlei deixando de ser prioridade. Até acabar. Nunca totalmente. Depois voltei jogando na areia. Parece que vamos voltar de novo! Aguardem notícias!

E depois do vôlei, aconteceu um fenômeno comum. Continuei consumindo a mesma quantidade de calorias e gastando um terço do que devia gastar. Aí, o inevitável - aumento de peso. Fui me tornando sedentário. Jogando menos e, depois, uns três anos, parei geral. Fui levando. Meu peso centenário chegava a omitir de mim mesmo. Ou seja, não pesava!

Quando vi minhas fotos nas férias que tirei com a família em Natal, decretei o fim daquele estado físico. Início de Novembro comecei a fazer o básico do básico. Fechei a boca e fui malhar. Não deu outra. Estou indo para meu 15º quilo perdido! Em pouco mais de três meses, incluindo festa da minha mãe e todas as comemorações de final de ano! Detalhe - 15 quilos sem personal, sem nutricionista, sem remédio algum e, melhor, sem passar fome!

Em um próximo post, mais sobre minha recuperação física! E, desde já, agradeço ao Fernando, professor da Forum e, claro, a Bebel, responsável direta pelo meu cardápio light!

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Como conheci Black Sabbath

Foram em quatro etapas que conheci Black Sabbath . A primeira, claro - e mais uma vez! - minha irmã Nadja. Ela tinha o Sabotage e o Vol. 4. Ouvíamos muito. O Mario, meu outro irmão ouvia demais. Depois de um tempo, o José Eduardo - mais um irmão, trouxe o Born Again, em 1983, de Belo Horizonte, pois jogava no Minas Tênis Club - onde foi tricampeão brasileiro de vôlei! Aquela capa era, no mínimo, provocante.

Começando minha adolescência, gostei da letra de Disturbing the Priest - "The devil and the priest can't exist if one goes away". O disco era da terceira formação, pós Ozzy e pós Dio. Vinha com o excelente Ian Gillan, então ex-Deep Purple.

A família toda teve participação na extensão dessa história. O meu outro irmão, Alex Bara, trouxe a informação, vinda diretamente do Snoopy, colega de Educação Física e adorador de Black Sabbath, que os discos solos do Ozzy Osbourne eram melhores que o Born Again.

Não conhecia ainda a história do Black Sabbath direito. Conseguíamos viver sem Internet! Foi quando entrou o Vinícius "Isbimba" Zaghetto, filho do Ismair, meu companheiro de voleibol no Bom Pastor. Ele me avisou que ainda tinha um poster do Sabbath com toda a história e discografia, publicado pela Editora Três, na banca da Dia e Noite. E ele havia pedido para guardarem para mim! Verba requisitada ao seu Antônio, meu pai, descobri, assim, a trajetória dessa banda sensacional! E, como bom colecionador que sou, comecei a comprar todos os discos. Essa história merece, inclusive, um post exclusivo.

A maior de todas as bandas

Para mim não há melhor banda no mundo que Black Sabbath. Adoro, Led Zepellin, Deep Purple, Yes, Genesis, ELP, Radiohead, The Verve, U2, Rush e muitas muitas mais. Mas, para mim, não existe nada que se compare ao vigor e força do Black Sabbath original - até 1978 - Ozzy, Tony Iommi, Geezer Butler e Bill Ward.

Centenário de D. Hélder Câmara

Conheci D. Hélder Câmara no disco Missa dos Quilombos que Milton Nascimento lançou em 1982. Este trabalho, feito a 6 mãos por Milton, Dom Pedro Casaldáliga e Pedro Tierra, é uma manifesto pela liberdade, respeito e tolerância. "Em nome do Pai, que fez toda carne,/ a preta e a branca,/vermelhas no sangue", canta Bituca num trecho de Em Nome de Deus.

Hoje é o centenário de nascimento de quem nunca vai morrer entre nós. Ele fez uma obra que fica para sempre. Nesse disco, a faixa Invocação à Mariama é um discurso maravilhoso de D. Hélder que eu ouvia, e ouço sempre, com muita emoção. Esse link tem esse momento para ser ouvido e sentido. http://www.domtotal.com/multimidia/audio_video_detalhes.php?mulId=17 É importante lembrar que o contexto e tensão social, em 1982, tornaram o discurso ainda mais forte e mais polêmico.

A música que acompanha é Pai Grande. E só ano passado que o Milton me disse que o discurso era improviso e por isso a música terminou antes do previsto. Um momento genial, de pessoas geniais que faz a gente se sentir melhor e com mais força.

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Ps.: Acabei de ver no G1 uma reportagem que saiu no Jornal Hoje. Vale a pena para conhecer um pouco desse pequeno grande homem. http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM961850-7823-O+CENTENARIO+DE+DOM+HELDER+CAMARA,00.html

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Em tempo

Criamos este anúncio em homenagem ao Dia do Publicitário.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Super Bowl XLIII - Que final!

Sou fã de Baseball e Futebol Americano. São jogos incríveis e que entram naquele rol de "ou você não conhece ou não entende". Sempre que posso assisto. As super finais eu não perco. Agora, acabou de terminar o Super Bowl XLIII. Já está sendo considerado um dos melhores jogos de todos os tempos. Vamos aguardar análises mais frias, mas que foi sensacional demais isso foi. E cheio de quebras de recordes - americano adora números.

Os deuses do futebol americano hoje estavam ao lado do Pittsburgh Steelers. Quando o número 92, James Harrison, pegou a bola na End Zone e quebrou o recorde de corrida de retomada de bola com 100 jardas - o campo inteiro - senti que era difícil o Arizona Cardinals bater o Steelers. Foi emocionante ver essa jogada ao vivo. De arrepiar. E quase que o Cardinals vence. Mas não tem como ir contra os deuses do esporte. Faltando só 35 segundos o Steelers fez o touch down vencedor - na foto, a jogada decisiva com Santonio Holmes. Final do jogo: 27 x 23. O Cardinals virou um jogo, no 4º e último quarto, de 20 a 7 para 20 a 23 faltando 2 minutos e meio.

Gosto do jogo mas não sou fã ao ponto de conhecer tudo e todos. Mas o Cardinals nunca ganhou nenhum Super Bowl. O Steelers tinha vencido cinco - hoje é o maior vencedor de todos os tempos com a sua sexta conquista. É como se chegasse na final de um campeonato brasileiro de futebol Goiás contra São Paulo. Como bons brasileiros, tendemos a torcer pelos "coitadinhos que nunca ganharam". Mas o principal motivo foi o fato dos Cardinals jogarem de vermelho - a cor preferida do Francisco, meu filho - me fez ter mais simpatia pelo time.

Mas, num jogão desse, só quem é torcedor do time que perdeu que não vai ter curtido um belo espetáculo. Perder faltando 35 segundos é para dormir com uma dor de cotovelo danada. É ruim demais. Ainda mais dessa forma.

Ganhar é indescritível!

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Para saber mais

nfl.com

http://www.usatoday.com/sports/football/nfl/2009-02-01-super-main_N.htm

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Dueto com Gil

Milton e Gil estavam gravando o Gil & Milton que lançaram juntos em 2000. E aconteceram dois momentos muito especiais num ensolarado Domingo de Março, desse mesmo ano, que eles se reuniram na casa do Milton. O encontro era para acertar os últimos detalhes da reta final do trabalho. Eu e a Bebel tínhamos passado o final de semana lá na bela casa do Itanhangá, no Rio. Como já falei em outros posts, além de muito amigo, sou muito fã do Milton.

E o primeiro momento desse Domingo foi um pedido do Milton para eu montar, numa fita cassete, a música que ele havia acabado de compor para que ele desse para o Gil colocar a letra. Ela virou Lar Hospitalar no disco. Foi emocionante como é para qualquer fã. Você ter na mão a gravação original, purinha, da criação do seu ídolo. E ser o responsável pela montagem! A primeira parte deveria se repetir após a segunda. E o Milton, que sabia que adorava gravar fitas (quantas fitas especiais a Bebel não tem...), me chamou para fazer esta honrosa mixagem.

Estávamos na piscina quando chegou o Gilberto Gil com sua esposa Flora. Eles ficaram conversando com o Milton sobre os próximos passos e depois eu e Bebel nos juntamos a eles. Mais uma honra! Ouvir detalhes que sairiam no disco deles! - quem é muito fã sabe do que estou falando, que emoção é essa. Papo vai papo vem, é bom salientar que a regra de ouvir mais e falar menos nós conseguimos aplicar - com dificuldade, é verdade.

Num determinado momento, Gil disse que, saindo dali, ia para o aeroporto embarcar para Portugal onde participaria de um Congresso sobre Energia. Na hora, me veio à cabeça uma música dele Um sonho. Ela foi gravada pela primeira vez, em 1979, pelo Quinteto Violado (aliás, o site deles é ótimo - http://www.quintetoviolado.com.br! Consegui achar o disco que tem essa música! É Poligamia do Baião). Na época, a então namorada do meu irmão José Eduardo, havia emprestado esse disco para ele. E essa música é maravilhosa. Em pouco tempo já sabia de cor! O Gil só gravou pela primeira vez em 1991 no Parabolicamará.

Citei o trecho da música que começa "Eu tive um sonho / que estava certo dia /num congresso mundial /discutindo economia". E ele emendou e começou a cantar a música junto comigo. Cantamos a música inteira. Juntos. Ali à capela! E lembrei da letra quase toda. Onde eu esquecia ele completava e vice-versa. Terminou com Gil levantando os braços e evocando "Viva o índio do Xingu!" com toda empolgação!

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Ps.: Abaixo, a letra toda da música

Um Sonho
Gilberto Gil

Eu tive um sonho
Que eu estava certo dia
Num congresso mundial
Discutindo economia

Argumentava
Em favor de mais trabalho
Mais emprego, mais esforço
Mais controle, mais-valia

Falei de pólos
Industriais, de energia
Discuti de mil maneiras
Como que um país crescia

E me bati
Pela pujança econômica
Baseada na tônica
Da tecnologia

Apresentei
Estatísticas e gráficos
Demonstrando os maléficos
Efeitos da teoria

Principalmente
A do lazer, do descanso
Da ampliação do espaço
Cultural da poesia

Disse por fim
Para todos os presentes
Que um país só vai pra frente
Se trabalhar todo dia

Estava certo
De que tudo o que eu dizia
Representava a verdade
Pra todo mundo que ouvia

Foi quando um velho
Levantou-se da cadeira
E saiu assoviando
Uma triste melodia

Que parecia
Um prelúdio bachiano
Um frevo pernambucano
Um choro do Pixinguinha

E no salão
Todas as bocas sorriram
Todos os olhos me olharam
Todos os homens saíram

Um por um
Um por um
Um por um
Um por um

Fiquei ali
Naquele salão vazio
De repente senti frio
Reparei: estava nu

Me despertei
Assustado e ainda tonto
Me levantei e fui de pronto
Pra calçada ver o céu azul

Os estudantes
E operários que passavam
Davam risada e gritavam:
"Viva o índio do Xingu!

"Viva o índio do Xingu!
Viva o índio do Xingu!
Viva o índio do Xingu!
Viva o índio do Xingu!"


Desafios de uma empresa Parte 2 - Persistente ou cabeçudo?

A origem da Iso4 é em 1985. Naquela época criei o nome do que deveria ser grife de material esportivo. Sempre gostei muito de design e de tipologia. Criava tipos de letras e, principalmente, desenhos de uniforme do meu time de vôlei, o Clube Bom Pastor. O grande desafio era executá-los. Não tinha tecnologia na época para fazê-los. Hoje seria fácil.

Dez anos depois, em 2 de Maio de 1995, a Iso 4 Fábrica de Ideias Ltda. surge oficialmente. Os trabalhos começaram em 1994 quando comprei minha primeira estação gráfica de trabalho - toda da Apple. Um Quadra 605 - com "incríveis" 80Mb de HD - uma impressora LeserWriter Select 360 - permuta em trabalho com Luiz Fernando - e um OneScanner - "patrocínio" da Bebel. O mais interessante é que não fazia a menor ideia do que era HD, memória RAM, como abrir uma pasta, digitalizar imagem, absolutamente nada sobre programas - sabia de PageMaker e - argh! - CorelDraw. Ambos não rodavam na plataforma Mac. Fui fazer cursos em São Paulo. De Photoshop, QuarkXPress e FreeHand.

Isso é um pedacinho do início de uma história que completa esse ano 14 anos. É bastante tempo principalmente nesse nosso segmento de mercado. Trabalhamos sob pressão todos os dias. É estressante mesmo. É a natureza do negócio. Mas sou absolutamente apaixonado pelo que faço. Isso é bom por um lado. E ruim por outro. Tem que tomar cuidado para não haver confusão. Prestamos serviços. Não prestamos favores.

Há tempos, quando começaram a surgir as faculdades de publicidade em Juiz de Fora, alertei para a capacidade de absorção pelas atuais agências dessa mão de obra que se formaria. Não deu outra. Estão surgindo ainda mais agências. O que é absolutamente válido e compreensível. Comecei um dia. O que vai fazer permanecer no mercado é a competência de cada agência.

O número de agências é desproporcional ao tamanho do mercado. Concorrência com ética é extremamente saudável em qualquer mercado. A escolha é do cliente. Muitas vezes não estão preparados para trabalhar com uma agência. Muitas vezes também não mostramos o quanto somos essenciais para a divulgação e o posicionamento de sua marca/produto. O grande desafio mesmo do cliente é a escolha da agência certa. Um erro pode comprometer e atrasar pelo menos uns dois anos do planejamento de um produto/marca - quando não afundá-lo. O cliente tem que pesquisar por experiência, competência e afinidade com quem vai entregar sua conta.

Frente a todos esses desafios, algumas vezes me pego fazendo a necessária pergunta - está valendo a pena? Na busca pela resposta, me questionei se estava sendo cabeçudo ou persistente.

Cabeçudo é aquele que dá murro em ponta de faca. Já dei alguns murros sim. Não muitos. Mas quem não deu? Cabeçudo é aquele que malha ferro frio. É aquele que não busca outras alternativas e soluções. Cabeçudo é aquele que insiste. E não persiste.

O persistente não se dá por vencido frente a qualquer obstáculo. Busca caminhos para derrubá-lo. Se preciso, arruma um maçarico para não malhar o ferro frio ou uma luva especial para dar murro na ponta de faca. Busca alternativas. Soluções. Se ainda é possível vencer, nunca se dá por vencido. Sempre vai encontrar novas perguntas para velhas questões. E velhas respostas para novas questões - o bom clássico sempre é bem-vindo. Vai tentar simplificar. Fazer sempre o melhor possível. Para todos.

Dentro disso que acredito, num momento importante de decidir, cheguei à conclusão de que estou sendo mesmo persistente. Meu projeto de empresa não chegou nem na metade. Quando chegar aos 80% da capacidade e não estiver gerando os frutos esperados, poderei estar realmente errado. E a Iso4 tem muito, muito para avançar, crescer. E nunca se cresce sozinho. Equipe é tudo. E mostrar para a equipe o caminho e fazer com que todos vejam o mesmo ponto aonde a empresa quer e pode chegar é o maior desafio de qualquer empreendedor. O coombustível para o sucesso.

Mesmo diante de verbas escassas, mercado concorrido, margens mais apertadas e constante desvalorização do nosso trabalho - fundamental para qualquer empresa que queira ser empresa de verdade -, somos, como um todo, os grandes responsáveis por isso - vou persistir, evoluir e conquistar. E, o mais importante de tudo, sendo feliz e fazendo todas as pessoas envolvidas no processo ficarem ainda mais felizes com o que realizamos.