Michael Jackson morreu. Vítima desse Coliseu moderno que é o show business. Michael Jackson era um talento único. Mas apanhou do pai. Oprimido que deve ter sido, teve vida adulta antecipada e mal resolvida como muitas crianças estrelas precoces. A revolta e o desencontro com ele mesmo estava nos seus olhos. Mesmo no auge. Ele buscou na plástica, na transformação encontrar alguém que sumiu. E ele não teve tempo de encontrar. Aos 50 anos, um dos maiores fenômenos musicais da história - senão o maior - sucumbe. Entregue à arena da fama, exposto à sanha dos leões, que hoje é a mídia faminta por escândalos. Com uma plateia que quer ver o sangue escorrendo nas páginas, nas telas, nos chips. O sangue é a alma que escorre e se esvai.
Os artistas famosos são os gladiadores da Antiga Roma. O preço que a fama cobra é alto. Muito alto. Esses combates dos gladiadores modernos e midiáticos já levaram Elvis, Kurt Kobain, Elis, Renato Russo, Cazuza. E muitos outros talentos. E agora Michael Jackson.
Não importa se gostem ou não dele. Vale a homenagem, o respeito e o desejo que descanse em paz.
Fala, meu caro Bara. Mais um belo texto no seu blog, que venho acompanhando quase que diariamente. Gostei da emoção contida, com um "q" de revolta branda. São realmente novos tempos e esse coliseu parece insaciável, infelizmente. Abraço grande.
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