quinta-feira, 11 de junho de 2009

Desafios de uma empresa - Parte 3 - O mercado de comunicação de Juiz de Fora

É muito complexo avaliar um mercado que não tem números concretos, reais. Mas, em resumo, impera claramente em Juiz de Fora a lei da oferta e procura. São muitas agências e eugências para um naco de bolo pequeno e ávido pelo menor preço. Mas não é só aqui não. Rio, Belo Horizonte e outros centros estão padecendo desse mesmo desafio. Ia escrever o problema. Mas o mercado mudou. E, já faz um bom tempo, as agências estão tendo que se adequar.

Quando você luta pela sobrevivência, qualquer carniça vale a pena. Imagine carne fresca ou uma vaca leiteira produtiva, PO. Como será assediada... Quando finalmente começaram a aparecer as faculdades de Publicidade e Propaganda em Juiz de Fora e região, alertei para um fenômeno que realmente está ocorrendo.

Disse que se as grandes agências regionais não liderassem um processo de posicionamento nivelado por cima, ou seja, não brigassem por preços e sim qualidade, não conseguiríamos crescer e absorver as cabeças pensantes que sairiam cheia de vontade de mostrar serviço. Sem encontrar mercado em 4 ou 5 grandes agências, o caminho natural dos profissionais recém-formados, seria abrir a própria empresa e, assim, pulverizar ainda mais o mercado, tornando-o mais confuso ainda para os clientes, sendo ruim para as agências, criando um perigoso ciclo vicioso.

E é o que está acontecendo, agravado pela crise mundial que, em nome dela, todo corte é válido, inteligente e pertinente (visão de uma cultura de propaganda regional míope, alimentada pela cultura de posicionar propaganda não como investimento mas sim como gasto).

Não tem outro jeito. A solução está em unir forças. Quase uma utopia num segmento em que os egos são maiores que decisões inteligentes e necessárias. Uma empresa não existe para sobreviver, mas para prosperar, gerar riquezas. Christina Carvalho Pinto, da Full Jazz, que admiro demais, disse, no EBAP (Encontro Brasileiro das Agências de Propaganda) em 2002 - em 2002!!!! - que as agências (e olha que o mercado dela é São Paulo) estavam caminhando para um suicídio coletivo. Ela tem razão sim. Muitas realmente vão acabar. Mas o mercado de comunicação é necessário e vital para o capitalismo.

Haverá o nascimento de novos modelos e novas agências. Tudo baseado na fórmula invencível da criação, inovação e inventividade. Quem encontrar o ponto certo dessa receita, com o melhor benefício para o cliente, não enfrentará crise, não prestará favores, prestará belos serviços ao mercado e irá lucrar muito.

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