segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Mesmo atrasado, um país de futuro

Pela primeira vez nesses meus 40 bem vividos anos de vida sinto que o Brasil está deixando de ser o eterno país do futuro para ser o país do momento. Que tenhamos realmente um futuro consistente e brilhante a partir desse momento tão especial. A política econômica, iniciada com Itamar Franco e, na sequência, Fernando Henrique e Lula, além do retorno da democracia e da força das instituições.

Mas me incomoda profundamente ver casos como o do Arruda em Brasília. E todos os outros. E os desmandos com o dinheiro público. Não é idealismo. É falta de justiça. Principalmente com quem mais precisa do serviço público. Talvez essa seja a face mais visível do atraso que ainda incomoda.

Não fazer as reformas trabalhista, tributária, partidária modernas e profundas, por exemplo, é a face que fica oculta, adormecida. É um atraso que insiste em marcar presença no país.

Não nos mobilizamos. Achamos que não é com a gente e, como eu, ficamos só nas palavras. Não partimos para a ação. Até tentei fazer um site, em 2007, reformatributariaja.com.br. Minha senha para prosseguir seria a resposta a um e-mail que enviei para o Delfim Netto. Ele não me respondeu e não dei andamento. Precisava ter persistido. Mas dá um desânimo absurdo. Aquela velha sensação de que não vai dar em nada. Mas temos que nos mobilizar de verdade.

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