sábado, 13 de julho de 2013

Deus está morto? (ou God is Dead?)



A despeito do que sempre apregoaram erradamente do Black Sabbath, eles não têm e nunca tiveram relação com o coisa ruim. Pelo contrário. O som que eles fizeram na década de 70 com Ozzy-Iommi-Butler-Ward foi uma das coisas mais próximas de Deus (ou seja, do bem) que humanos já conseguiram chegar. Nisso inclui Beethoven, Milton Nascimento, Led Zepellin e muitos outros nomes e conjuntos.

Foi uma conjunção astral. E agora estão de volta. Sinto profundamente a falta de Ward. O ciclo não fecha. Mesmo assim soam geniais e únicos. Inspirados e fortes. E é incrível. Sempre à maneira bruta e "anti-social" que só eles conseguem. As músicas para serem entendidas devem ser ouvidas dezenas de vezes. Eles vão tão além que muitas vezes demoramos a chegar na vibração que eles estão. Mas depois, companheiro... Não dá para sair mais.

As letras também sempre me atraíram. Eles sempre foram preocupados com a preservação do planeta muito, mas muito antes de se tornar pauta mundial e cadernos permanentes nos jornais. A relação com religiões, as incertezas da vida, os horrores da guerra, os desafios do amor. 

Disse isso tudo para falar da primeira música que eles lançaram do novo disco 13, uns 45 dias antes do lançamento do álbum, que rolou dia 12 de junho agora. God is Dead? Inspirada nas loucuras que se desenharam no mundo desde 11 de setembro, questionam se Deus está morto. Há motivos para isso. 

E essa é a grande sacada para todos nós sabermos que Deus pode estar morto nos corações de quem perde a esperança. Nas pessoas que não fazem o bem. Quando não se ama, quando não existe respeito. Quando não se coopera, participa, dá força e ajuda. Deus nunca morreu e nunca morrerá - e o Black Sabbath acredita nisso. Todos nós acreditamos.

Deus está vivo. Mais vivo que sempre. É isso que a música pede. Pra que cada um de nós mostre àqueles que querem fazer a humanidade pensar que Deus está morto, que ele vive forte, muito forte em cada um de nós. Deus vive pleno apesar de todas as atrocidades que os homens insistem em fazer. Essas atrocidades não chegam aos pés de Deus que pratica sua grandeza e bondade a cada dia, a cada minuto, a cada segundo. Em silêncio. Em palavras. Em músicas. Nos meus olhos.

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