Nessa segunda, dia 1º de Junho, a partir das 19 horas, eu e a Bebel vamos lançar, na Livraria Argumento Leblon, Rio, nosso livro Santos=Dumont - Retorno às Origens, sobre a vida mineira do Pai da Aviação.
Quem estiver no Rio passa lá! Quem não estiver, convidem amigos e parentes.
Semana que vem trago notícias de como foi o evento.
Torçam por nós!
quinta-feira, 28 de maio de 2009
Quadrado Mágico
Sou apaixonado por esporte. É uma das maiores escolas de vida e de onde aperfeiçoamos nossa saúde física e mental e conquistamos amigos para a vida toda. Ontem, numa agradável happy hour na Churrasqueira com o Renan Parrot, (+ Gil, Aline e Gleice), lembrei com ele do título inesquecível de um torneio de basquete (JABI'S - Jogos Abertos Infantis do SESC de 1981) . Não só por termos sido campeões. Mas como conseguimos ser campeões.
Defendíamos a Academia. O Jesuítas tinha um time diferenciado com uma verdadeira estrela para o torneio. Era o Belô. Um menino bom de bola demais. Muito acima da média. Ele veio (como o nome insinua) de Belo Horizonte e não me recordo se ele jogou no Minas ou no Ginástico. O menino era craque e desequilibrava. Todas as vitórias ao longo do torneio foram avassaladoras. O caminho para o título parecia inevitável. Parecia. No meio do caminho do Jesuítas tinha um professor chamado Ítalo.
O professor Ítalo era uma lenda viva no esporte de Juiz de Fora. Ele era um ícone mesmo. Tinha jogado, inclusive, basquete com Antônio Bara, meu querido Pai. O professor Ítalo colocou como meta a conquista do título. Virou um desafio pessoal. Observou os jogos do Jesuítas. E traçou uma estratégia. Como não há sucesso sem trabalho e muito empenho, ele marcou treinos durante vários dias da semana (o comum era somente um por semana) inclusive sábados e domingos. Convocou o pessoal do time principal da escola para treinar com a gente. Ele criou o Quadrado Mágico.
Quis o destino que ele não dirigisse e não visse a gloriosa vitória da nossa equipe. Um parente faleceu no dia da final e ele teve que ir a São Paulo acompanhar o funeral. Pelé assumiu o comando.
O Quadrado funcionava do seguinte jeito. Na defesa, nosso melhor jogador, o Leonardo - craque de bola também - foi incumbido de marcar sob pressão o Belô. Não desgrudava um segundo. O Quadrado Mágico ficava plantado no garrafão anulando as jogadas de penetração do Jesuítas. O Renan era um dos guardiões. Eu, dois anos mais novo, entrava durante a partida. Nosso time era bom e o nosso ataque naturalmente funcionava bem. O Leonardo estava em noite inspirada e foi ele que desequilibrou o jogo.
Em nenhum momento o Jesuítas nos ameaçou. O nosso domínio e preparo eram tão superiores que o jogo ficou quase fácil. Mas é porque nós demos muito duro nos treinamentos. Nós fomos liderados brilhantemente por uma pessoa que, mesmo com seus 70 anos, inovou numa fórmula diferente. Surpreendeu o adversário que contava com o título e não se preparou para algo diferente.
Esta conquista para mim (e para o Renan também - ele é um dos grandes amigos surgidos do esporte e que a vida profissional nos fez encontrar de novo!) foi e é marcante. Ela mostrou o quanto o poder de superação e união é capaz de grandes e surpreendentes conquistas. Temos que ter a ideia, sonhar. E temos que trabalhar muito, muito para realizá-las e conquistá-las. Obrigado professor Ítalo! Que lição de vida esse título nos trouxe!
Defendíamos a Academia. O Jesuítas tinha um time diferenciado com uma verdadeira estrela para o torneio. Era o Belô. Um menino bom de bola demais. Muito acima da média. Ele veio (como o nome insinua) de Belo Horizonte e não me recordo se ele jogou no Minas ou no Ginástico. O menino era craque e desequilibrava. Todas as vitórias ao longo do torneio foram avassaladoras. O caminho para o título parecia inevitável. Parecia. No meio do caminho do Jesuítas tinha um professor chamado Ítalo.
O professor Ítalo era uma lenda viva no esporte de Juiz de Fora. Ele era um ícone mesmo. Tinha jogado, inclusive, basquete com Antônio Bara, meu querido Pai. O professor Ítalo colocou como meta a conquista do título. Virou um desafio pessoal. Observou os jogos do Jesuítas. E traçou uma estratégia. Como não há sucesso sem trabalho e muito empenho, ele marcou treinos durante vários dias da semana (o comum era somente um por semana) inclusive sábados e domingos. Convocou o pessoal do time principal da escola para treinar com a gente. Ele criou o Quadrado Mágico.
Quis o destino que ele não dirigisse e não visse a gloriosa vitória da nossa equipe. Um parente faleceu no dia da final e ele teve que ir a São Paulo acompanhar o funeral. Pelé assumiu o comando.
O Quadrado funcionava do seguinte jeito. Na defesa, nosso melhor jogador, o Leonardo - craque de bola também - foi incumbido de marcar sob pressão o Belô. Não desgrudava um segundo. O Quadrado Mágico ficava plantado no garrafão anulando as jogadas de penetração do Jesuítas. O Renan era um dos guardiões. Eu, dois anos mais novo, entrava durante a partida. Nosso time era bom e o nosso ataque naturalmente funcionava bem. O Leonardo estava em noite inspirada e foi ele que desequilibrou o jogo.
Em nenhum momento o Jesuítas nos ameaçou. O nosso domínio e preparo eram tão superiores que o jogo ficou quase fácil. Mas é porque nós demos muito duro nos treinamentos. Nós fomos liderados brilhantemente por uma pessoa que, mesmo com seus 70 anos, inovou numa fórmula diferente. Surpreendeu o adversário que contava com o título e não se preparou para algo diferente.
Esta conquista para mim (e para o Renan também - ele é um dos grandes amigos surgidos do esporte e que a vida profissional nos fez encontrar de novo!) foi e é marcante. Ela mostrou o quanto o poder de superação e união é capaz de grandes e surpreendentes conquistas. Temos que ter a ideia, sonhar. E temos que trabalhar muito, muito para realizá-las e conquistá-las. Obrigado professor Ítalo! Que lição de vida esse título nos trouxe!
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